Sinopse
Uma obra polémica em que um dos principais protagonistas dos tempos que se seguiram ao 25 de Abril - ministro em vários governos, deputado, presidente da Assembleia da República e presidente do PS - nos revela a sua versão da história, designadamente o processo da descolonização.Indispensável a quem quer saber mais sobre a história recente de Portugal!

«Quando, finda a descolonização, foi tempo de balanço, e os portugueses se dividiram em avaliações, identificação de causas, e imputação de culpas, e vi muitas vezes deturpada, e em consequência mal julgada, a minha intervenção no processo, prometi ao país que, no tempo oportuno, tornaria pública a minha verdade sobre esse «sismo» que tanto abalou consciências e vidas. Revelações pontuais fui fazendo algumas em textos que publiquei e entrevistas que dei. Mas fui adiando, por razões que tive por válidas, e até patrióticas, a revelação global da minha apreciação das coisas. Até agora, três décadas volvidas.Porquê tanto tempo? Pela razão elementar de que a história deve servir-se sedimentada e fria. E porquê agora? Porque a história da descolonização e dos sentimentos que a sublinharam, já arrefeceu o bastante, e porque fui ficando velho, e era de todo o ponto exigível que eu depusesse sobre ela antes de eu próprio arrefecer.O que relato neste livro é a minha verdade. Sem arranjos nem atavios. Também sem sombra de subjectivismo? Quem dera que fora assim! Filtrada pelas minhas próprias vivências - daí o título de «quase memórias» - nunca em absoluto haveria de sê-lo. Penso que história objectivamente pura é coisa que não existe. Mas afianço que tentei a máxima objectividade de que fui capaz.»

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Detalhes

  • ISBN: 9789724616650
  • Editora: CASA DAS LETRAS
  • Ano de Edição / Impressão: 2007
  • Dimensões: 240 x 160 x 32 mm
  • Páginas: 4
O autor
António de Almeida Santos nasceu em 1926.
Era licenciado em Direito e exerceu a advocacia em Lourenço Marques, foi membro do Grupo de Democratas de Moçambique e duas vezes candidato às eleições para a Assembleia Nacional em listas da oposição onde viu anuladas as suas candidaturas por ato arbitrário da Administração Colonial. Representou, ainda, o general Humberto Delgado nas eleições presidenciais de 1958.
Em 971, teve o seu livro Já Agora!... apreendido pela Censura. Foi ministro da Coordenação Interterritorial, da Comunicação Social, da Justiça, ministro-adjunto do primeiro-ministro, ministro de Estado e dos Assuntos Parlamentares, deputado eleito pelo PS desde a I Legislatura, líder do Grupo Parlamentar do PS, presidente do Partido Socialista, membro do Conselho de Estado, presidente da Assembleia da República e membro do Conselho de Estado, presidente honorário do PS e sócio da Academia Nacional de Belas-Artes.
Faleceu este ano, no 18 de Janeiro de 2016.

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