«Desci a cidade a descer para dentro do corpo. Movia as mãos sem rigor. Arrastava os pés, dobrava o joelho com languidez. Os olhos toldados de um cinzento escuro miravam dispersos para o horizonte vazio. As duas barras batiam-se no bolso, como dois bebés rivais em guerras incessantes. Não havia mais nada a caminhar. Entreguei-me ao tropel infinitamente distante e às vozes que saltavam das janelas dos prédios, dispersando-se no ar como bolas de espuma que atufam o espaço por breves momentos. Vi o sol descer sobre a cidade e tudo se diluiu.»
Ler mais
Ler menos