"O Anjo da Tempestade, último romance de Nuno Júdice, é um dos livros mais complexos e empolgantes e belos recentemente editados em Portugal. (...) O Anjo da Tempestade é romance e divertimento sobre a existência e a morte, eros face ao espelho, ou ainda divertimento em quadros sucessivos e sobrepostos, migração contínua de imagens, fulgores que se evolam e retomam. (...) Este é provavelmente o texto mais autobiográfico de Nuno Júdice. Não por reconhecermos o Algarve, as paisagens desertas da Mexilhoeira, os caminhos e as suas casas ruídas, mas por se mostrar nele, subrepticiamente, a maneira como o autor sempre urdiu a sua teia, assim como a pluralidade dos seus mundos paralelos, inconclusivos, inacabados como a música de Schubert." Maria da Conceição Caleiro, Mil Folhas (Público), 12 de Fevereiro de 2005
Nuno Júdice nasceu no Algarve, em 1949. É professor associado da Universidade Nova de Lisboa. Entre 1997 e 2004 desempenhou as funções de Conselheiro Cultural e Director do Instituto Camões em Paris. Tem publicado estudos sobre teoria da literatura e literatura portuguesa. Publicou o primeiro livro de poesia em 1972. Recebeu os mais importantes prémios de poesia portugueses: Pen Clube em 1985, Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus em 1990 e da Associação Portuguesa de Escritores em 1994. O seu romance Por Todos os Séculos recebeu o prémio Bordalo da Casa da Imprensa. Tem livros traduzidos em várias línguas, destacando-se Espanha, onde tem uma antologia na colecção «Visor» de poesia, e França, onde está publicado na colecção Poésie/Gallimard. Dirigiu até 1999 a revista Tabacaria da Casa Fernando Pessoa. Em 2009 assumiu a direcção da revista «Colóquio-Letras» da Fundação Calouste Gulbenkian.