Sinopse
«Instalada numa antiga hospedaria de Lisboa, uma romancista observa a vida dos restantes moradores – jovens que vivem em bando, enredados nas malhas do desejo de independência e sede de protagonismo, sendo a figura central Leonardo, o homem-estátua que quer quebrar recordes de quietude, aquele a quem todos os outros admiram e procuram seguir no seu exemplo de superação e resistência.
Romance de matriz urbana, cuja acção decorre em espaços reconhecíveis de Lisboa, como a zona da Baixa e alguns bairros centrais da capital, O Jardim Sem Limites fala-nos sobre jovens do nosso tempo, heróis sem pátria, filhos sem família, mártires sem Deus. Na verdade, a Casa da Arara, essa espécie de antro de experimentação de viver que o grupo habita, acabará por ser o palco onde a metáfora da dispersão acontece. Mas este livro não se limita a colocar em acção os caminhos do desencontro. As longas performances de Leonardo, imóvel na Rua Augusta, na tentativa de bater o record da imobilidade e entrar para o Guinness, são acompanhadas de momentos de grande humor e observação aguda de hábitos e costumes.»
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Detalhes

  • ISBN: 9789722073967
  • Editora: DOM QUIXOTE
  • Ano de Edição / Impressão: 2022
  • Dimensões: 235 x 157 x 29 mm
  • Páginas: 424
O autor
Lídia Jorge estreou-se com a publicação de O Dia dos Prodígios, em 1980, um dos livros mais emblemáticos da literatura portuguesa pós-revolução. Desde então tem publicado vários títulos nas áreas do romance, conto, ensaio e teatro.
Em 1988, A Costa dos Murmúrios abriu-lhe as portas para o reconhecimento internacional, tendo sido posteriormente adaptado ao cinema por Margarida Cardoso. Entre muitos outros, são de realçar títulos como O Vale da Paixão, O Vento Assobiando nas Gruas, Combateremos a Sombra, Os Memoráveis – obra que tem sido considerada uma poderosa metáfora da deriva portuguesa das últimas décadas –, ou O Livro das Tréguas, a sua estreia na poesia.
Aos seus livros têm sido atribuídos os principais prémios nacionais, alguns deles pelo conjunto da obra, como o Prémio da Latinidade, o Grande Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores – Millennium BCP ou o Prémio Vergílio Ferreira. No estrangeiro, entre outros, Lídia Jorge venceu em 2006 a primeira edição do prestigiado prémio ALBATROS da Fundação Günter Grass e, em 2015, o Grande Prémio Luso-Espanhol de Cultura.
O seu mais recente romance, Estuário (2018), recebeu o XXIV Grande Prémio de Literatura dst e foi finalista do Prémio Médicis 2019; e Em Todos os Sentidos (2020) venceu o Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários APE/Câmara Municipal de Loulé.
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